Violência contra animais terá punição maior
- Equipe Zoo Livre
- 26 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
“A gente que se importa, precisa se preocupar e cuidar deles” diz diretora da ONG Anjos de Focinho sobre os animais
Em setembro desse ano, o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei que aumenta a punição para quem praticar maus-tratos, abusos, ferimentos e mutilações com os animais. A partir de agora, esses crimes serão punidos com multa, proibição da guarda de novos bichos e de dois a cinco anos de prisão. Ativistas de direitos dos animais contribuíram para a aprovação desse projeto com campanhas massivas nas redes sociais.
A violência contra os animais é um crime latente que possuía uma punição simples, três meses a um ano de reclusão e multa. Essa violação é tratada de maneira indiferente e apresenta determinado descaso, com os animais e com os que lutam pelos diretos destes. “Eu acredito muito na sensibilidade dos animais”, afirma Camila Pelegrini, diretora da ONG Anjos de Focinho em Mogi-Guaçu (SP). Ela defende que essa violência é decorrente do descaso e da falta de respeito com a sensibilidade dos envolvidos.
“Eu não me vejo superior aos animais, me vejo como outra espécie, nós dividimos o mesmo mundo”
Esse desprezo procede de uma percepção de superioridade dos homens, que acreditam estarem acima dos animais. “Eu não me vejo superior aos animais, me vejo como outra espécie, nós dividimos o mesmo mundo”, ressalta Camila sobre essa cultura enraizada na sociedade. A ativista resguarda que o investimento em educação é necessário para colidir com essa mentalidade desde a raiz.
Além de um desenvolvimento da educação, campanhas de conscientização em escolas e a divulgação da causa através de ações massivas, para interver nessa violência, é necessário um controle da natalidade, promovendo castrações em massa e a criação de mais hospitais veterinários públicos. Dessa forma é possível que a causa tenha maior visibilidade e que o respeito pelos animais seja propagado e praticado.
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