Pandemia traz complicações financeiras à ONG de proteção e cuidado animal no Rio Grande do Sul
- Equipe Zoo Livre
- 26 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Ativistas encaram falta de renda e encontram métodos diversificados para continuarem o trabalho em meio à onda de COVID-19

(Santuário Filhos da Luz – Instagram)
Andressa Aquino e seu esposo, Anderson, fundaram o Santuário Filhos da Luz, ONG localizada em Tramandaí (RS), onde cuidam de mais de 100 animais resgatados de diversas situações de violência. No santuário vivem animais de diversos tipos, desde domésticos até cavalos, cabras e ovelhas.
O casal trabalha com eventos e precisavam de ajuda financeira, pois estavam no início da criação do santuário. Antes da pandemia, Andressa afirma terem recebido muito apoio, tanto financeiramente quanto em materiais. A população da cidade, que já conhecia o projeto, tentava ajudar de diferentes formas, até mesmo com o cuidado dos animais.
Depois da declaração de isolamento no Brasil as coisas ficaram difíceis para o casal. Com os eventos cancelados, começaram a vender picolés na praia – mesmo sem muitos visitantes. Eles dizem que a renda era pequena mas ao menos os ajudavam. Outra solução que arranjaram foi o conjunto de vaquinhas online que renderam o suficiente para manterem o lugar. Um veterinário parceiro dos Filhos da Luz cuida dos animais por um preço bem abaixo do comum, conta Andressa, como forma de ajuda.
Defendem que a mensagem da luta animal precisa alcançar todas as pessoas possíveis para que “deixemos de pensar que somos superiores aos animais” como diz Anderson, já que, de acordo com ele, essa ideia faz parte da enraização cultural do brasileiro. “Se tivesse exposição maior da mídia, muito seria mudado, mas não uma exposição agressiva, e sim com diálogo, de forma leve”, assume Andressa quando perguntada acerca da causa animal no meio midiático.
Atualmente o santuário continua passando por dificuldades financeiras e buscam nas redes sociais uma maneira de propagar a causa e o local. O aumento no preço de todas as rações – que vai de 8 a 20% devido a novos impostos - não facilita a vida de Andressa e Anderson, e na tentativa de conseguirem, ao menos, alimentar os animais residentes, continuam com vaquinhas online, presentes em sites específicos e em suas redes sociais.
Comentários